Dislexia: O que é e saiba como identificar
Um transtorno, que afeta uma grande parte da população brasileira, saiba mais!
Um transtorno, que afeta uma grande parte da população brasileira, dificulta a leitura e a escrita e, esses são elementos que indicam que a criança é disléxico.
O que é dislexia
A dislexia é um distúrbio de aprendizagem. Envolve símbolos, gráficos e códigos de linguagem em que a criança nasce e cresce assim, isto é, se apresenta em indivíduos muito precocemente. Isto causa problemas na hora da alfabetização durante o seu desenvolvimento.
O distúrbio leva a futuras dificuldades para o processo de aquisição de aprendizagem para ler e escrever, com o atraso na construção de orações, erros ortográficos comuns, e falta de concentração.
A dislexia não tem uma forma física, todavia, é uma condição que só se identifica ao observar o comportamento da criança durante atividades. Não há uma evidência clínica, não se pode identificar, por exemplo, através de electroencefalograma, mas afeta indivíduos, estes sempre muito inteligentes e criativos. Afinal, o que eles não conseguem expressar por orações expressam através da arte.
Como diagnosticar a dislexia?
A dislexia é um transtorno do desenvolvimento resultante de mudanças, falhas, deficiências em regiões específicas do cérebro. Essas regiões são as responsáveis pela análise, integração e coordenação dos processos que envolvem a leitura e a escrita.
O cérebro de disléxicos não pode interligar áreas da percepção visual, auditiva e espacial, até a integração desses estímulos com as habilidades fonológicas e a memória verbal do trabalho, de forma organizada e estruturada. O profissional de Terapia Ocupacional também auxilia na avaliação de noção espacial e agilidade durante processo solicitado.
Leitura e escrita
Em leitura e escrita, há uma limitada capacidade de fluir e armazenar ao longo do caminho e assim adquirir o conhecimento desejado e esperado. É preciso mais vezes para entender uma frase escrita e, muitas vezes, pode confundir durante a percepção, sons e formas de letras, bem como no processo de formação da palavra.
A princípio, os profissionais da área da educação, em alguns casos, podem considerar que a crianças está desinteressada pela dificuldade de aprendizagem na escola ou apresenta falta de atenção. No entanto, juntando isso e as notas pode sim ser um sinal de dislexia. Um distúrbio que afeta a capacidade a leitura e o escrever da criança, afeta mais de 5% da população brasileira, de acordo com o Instituto ABCD.
Há cura para a dislexia?
É, a dislexia não tem cura, contudo é uma herança genética e não está relacionada com distúrbios psicológicos. O tratamento da criança considerada disléxica é realizado com fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e psicopedagogos, garante, geralmente, uma vida normal para os portadores do transtorno.
O diagnóstico de uma criança disléxica só pode ser feito por meio da alfabetização, quando um professor se dá conta de que a evolução deste é menor do que o esperado. No entanto, deve ser examinado por professores na escola e através de realizações de testes por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos.
Confira alguns sinais de que seu filho pode ser disléxicos:
1.Uma Leitura lenta
As crianças com dislexia tendem a levar mais tempo quando pegam algo para ler. Isso é porque eles têm dificuldades para identificar palavras e conectá-las com os seus sentidos. A leitura em voz alta costuma ser menos perfeita que a de outras crianças da mesma idade.
2. Erros de ortografia
A dislexia danifica a consciência fonográfica, ou seja, a capacidade de discriminar sons semelhantes. Portanto, as letras com pronúncias semelhantes, são as mais fatais, como por exemplo: V e F, B e D, T e D, P e B, geralmente são trocadas quando escrito, levando assim a erros de ortografia. Os disléxicos também têm dificuldade para memorizar as regras de ortografia.
3. Construção de frases
Devido à dificuldade de formar palavras e atribuir seus significados, os portadores do transtorno tendem a ser lentos para construir orações. Muitas vezes, as frases têm sentido, mas estão gramaticalmente erradas.
4. Dificuldade com ordens longas
A memória operacional é conhecida como a memória a curto prazo. No entanto, na dislexia é afetada essa memória. Por conseguinte, um livro longo, com muitas páginas é exercício complicado, chega a ser um desafio para a dislexia. É preciso ler várias vezes para entender e atribuir uma interpretação correta.
5. Escrita espelhada
Escrever palavras para frente e para trás, como se o texto tivesse sido colocado em frente a um espelho, isso pode ser um sinal relevante. A escrita reflete da dificuldade da formação da fala e o aprendizado do alfabeto, presente em dislexia na idade escolar.
5. Falta de concentração
A criança com o distúrbio pode ter problemas para se concentrar em atividades que exigem atenção. A falta de atenção se nota até mesmo na escola, durante as aulas, esse é onde devemos manter o foco para perceber e diferenciar a criança disléxica.
6. Dificuldades com as noções de tempo e espaço
As crianças disléxicas podem demorar mais tempo do que outros em adquirir noções temporais e espaciais, bem como os conceitos de lateralidade. A intervenção do Terapeuta Ocupacional ocorre de forma incisiva nestas habilidades.
Fatores e Prevenção
O fator de risco é baseado no histórico familiar. Havendo casos na família é importante ficar atento, em especial em fase escolar que é quando o distúrbio se apresenta.
Não há como prevenir a dislexia, visto que é distúrbio genético. Mas, pode ser detectável, dando assim a chance de um aprendizado de qualidade para a criança.
Dicas para Professores
O grande desafio de fazer com que essa criança aprenda é do professor, portanto, os profissionais que trabalham com o problema devem passar orientações de como trabalhar com esse aluno, de forma adaptada. Veja:
- Permita que o aluno faça provas orais. A dificuldade do aluno é justamente na escrita e pode demorar muito mais que os outros na realização da mesma. Portanto, adapte a prova para oral.
- Como há a dificuldade de noção temporal, ficar entre linhas ou começar no início é uma tarefa árdua. Procure colocar indicadores de onde começa e onde termina (esquerda para direita), de cima para baixo, assim permitindo um aspecto visual menos conturbado.
- Durante explicação a linguagem deve ser sempre clara, direta e eficiente.
- Permita, sempre que possível, o contato próximo do professor e da lousa. Isso melhorará parte de entendimento por um som mais limpo e a transição “lousa-caderno” ficará mais fácil.
- Durante o ensino de matemática utilize papel quadriculado, facilitando a noção espacial.
- Utilize aulas cantadas, facilitando o processo de aprendizagem pelo canal auditivo.
Caso tenha alguma dúvida comente! Leia também: Autismo Infantil: causas, características e sintomas