Terapia Ocupacional: o que é, onde fazer, onde atua

A terapia ocupacional é um campo da área da saúde, assim como educação e contexto social. Visa a autonomia e independência do indivíduo que, por algum motivo não está inserido na participação social.


O que é Terapia Ocupacional?


O terapeuta ocupacional trabalha diretamente com atividades humanas, organizando e planejando o cotidiano, ou como chamado, atividades de vida diária (AVDs) e atividades instrumentos da vida diária (AIVDs). A autonomia e emancipação na sociedade de uma pessoa fica comprometida quando há problemáticas relacionadas a deficiência física, mental, sensorial, psicológico, social e/ou específica.


Portanto, o terapeuta ocupacional tem interesse em melhorar a qualidade de vida através de conhecimentos de: desenvolvimento, conhecimento do corpo na atividade, emoções, habilidades, diminuindo energia em atividades do cotidiano e trabalho, organização do tempo, entre outras.


As atividades desenvolvidas e trabalhadas por este profissional vão desde as mais simples até as mais complexas. Desta forma, ele preveni, trata, recupera e promove a vida de pessoas que sofreram ou nasceram com qualquer alteração que os impossibilitem de realizar atividades de auto cuidado e da sociedade. Como resultado, se tem a melhora no desempenho funcional e reduzindo danos.

O que é AVD e AIVD?


A AVD é a sigla de atividade de vida diária que, incluem atividades básicas de auto cuidado e geralmente são aprendidas na infância. São elas: higiene, alimentação, vestimenta, andar e transferir. Por exemplo: escovar os dentes, escovar os cabelos, escolher uma roupa para sair, ir ao banheiro, tomar banho.


Do mesmo modo a AIVD – atividade instrumental de vida diária são atividades, porém mais complexas. Constitui em atividades mais elaboradas e que remete a uma vida autônoma e independente. Estas atividades passam pelo desenvolvimento infantil e normalmente ocorrem na adolescência. Incluem: gerenciamento de tempo, medicação, finanças, preparação de alimentos, uso de recursos de comunicação e manutenção da casa.


Tais atividades possibilitam o indivíduo ser considerado um adulto independente. Ocorre que, por motivos patológicos ou adquirido, a pessoa não consegue realizar tais atividades e neste caso, precisarão do terapia ocupacional.


O instrumento de avaliação do terapeuta ocupacional é a AVD e AIVD.


Onde atua o terapeuta ocupacional


Antes de falar dos contextos onde o profissional atua, é básico entender que onde existe atividade humana, o terapeuta ocupacional portanto, pode estar inserido. São eles:

Educação

Acompanhando o desenvolvimento do seu paciente (ou usuário do serviço) na aprendizagem ou problemas psicomotores que o impedem o aprendizado. Uma importante atuação do profissional é na inclusão escolar das crianças em ensino regular. Exemplo: Escolas de ensino regular e APAE.

Desenvolvimento infantil

Através de manobras com atividades lúdicas, promover o desenvolvimento da criança com deficiência. Aqui também encaixam as crianças com problemas/alterações sensoriais com a terapia de integração sensorial. Exemplo: APAE, centros de reabilitação.

Gerontologia

Atuação com idosos que apresentam doenças mentais, físicas ou sociais que fazem desaprender o absorvido ao longo da vida. Atua como reaprendizagem e manutenção. Exemplo: Asilos e residências terapêuticas.

Reabilitação profissional e funcional

Aqui é possível pensar em acidentes relacionados ao trabalho e à vida (vitimas de acidente). Aqui o terapeuta ocupacional presta atenção, assistência e promove a saúde do trabalhador em ações de prevenções. Exemplo: trabalho no CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e empresas. Ele é o responsável também por prescrever e fazer órteses ou qualquer recurso de tecnologia assistiva.

Saúde mental e psiquiatria

Distúrbios e doenças psíquicos que impossibilitam a ocupação e inclusão social. Também insere aqui pessoas com problemas com drogas. Exemplo: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial.

Contexto social e familiar

Processos de desinstitucionalização e pessoas que acabam sendo excluídas. Neste contexto, o profissional trabalha com o acolhimento de pessoas em situação de rua, acompanha e monitora os mesmos; estimula o convívio familiar, articula os serviços da rede, faz campanhas e ações socioeducativas. Por exemplo: Albergues. Assim como atua na reintegração social, voltado à inserção de pessoas viciadas em drogas, carentes e menores infratores na sociedade.

Contextos hospitalares

Realiza o planejamento execução da intervenção terapêutica-ocupacional em conjunto com família, médicos, podendo atuar em diferentes unidades, incluindo UTI e ambulatório.

Em síntese, estes são os campos do terapeuta ocupacional gratuitos e em clínicas particulares. Os campos reconhecidos pelo COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) são: contextos hospitalares, acupuntura, gerontologia, saúde de família, contextos sociais, saúde mental, contexto escolar.

Diferença entre Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional


Enquanto o terapeuta ocupacional está diretamente ligado às atividades humanas, o fisioterapeuta se insere no trabalho físico. Faz a promoção, prevenção, recuperação e tratamento de quem sofre com alterações físicas no movimento. O fisioterapeuta visa o bom funcionamento corporal, que vai desde as funções respiratórias que envolvem sistemas do corpo.


Portanto, a exploração de capacidades cinéticas do indivíduo que é a parte motora quem avalia em detalhes é o fisioterapeuta, assim melhorando desempenho e qualidade de vida.


Basicamente, o “fisio” (como chamado) utiliza do movimento para a recuperação da pessoa, enquanto o “TO” (como chamado) utiliza das AVDs e AIVDs. Assim, movimento e função se completam e, por isso, é importante a atuação dos campos em conjunto.

Graduação de Terapia Ocupacional


Reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação) é possível ingressar no curso de terapia ocupacional como bacharel em vários locais em território nacional. No Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior e-MEC é possível ver em detalhes os locais.


Algumas universidades são: UNB (Brasília), UFSCAR (São Carlos, SP), PUC (Campinas, SP), UECE (Ceara), UNIARA (Araraquara, SP), FMRP USP (Ribeirão Preto, SP).

Por que escolher essa profissão

Em conclusão, é perfeito para quem procura estar em contato com pessoas de forma humanizada e holística, melhorando a sua função e qualidade de vida.

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Susan Scarpelli
Mestranda em Educação. Graduada em Terapia Ocupacional, psicomotricista e especialista em neuropediatria. Além disso, possui Certificação Internacional de Integração Sensorial. É idealizadora e fundadora do Criando Infância.
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1 comentário
  • Responder

    Sou a Beatriz Ribeiro, e quero parabenizar você pelo seu
    artigo escrito, muito bom vou acompanhar o seus artigos.

    Visite meu site lá tem muito conteúdo, que vai lhe ajudar.

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