Aulas online na pandemia: Dicas de como melhorar o desempenho

As aulas online na pandemia tem sido um grande desafio para toda a rede da educação. Há um prejuízo em todas as faixas etárias com o uso das plataformas e redes sociais para esse ensino à distância. O uso da tecnologia tem valor, mas é preciso estar ativo nesse processo de estudo.

Por que das aulas online na pandemia?

Optou se pelas aulas online para que o ano letivo não fosse perdido em todo o país. Mas, mais que isso, para que a propagação do vírus não acontecesse em uma escala exorbitante.

Para um professor manter a atenção e produtividade do aluno em sala de aula já era um grande desafio. Com a nova forma de ensino isso se elevou e a criatividade do educador precisou ser colocada à prova. É uma solução emergencial, mas que exige um plano de retomada cauteloso em aspectos de conteúdo, de segurança e do próprio aprendizado.

Vale ressaltar que tanto escolas públicas quanto particulares precisaram adotar esse sistema online para continuação do ano letivo durante a pandemia.

Como aprendemos?

Do ponto de vista cerebral, há um processo de organização de informações indispensável para o aprendizado do ser humano. Todos nós recebemos informações o tempo todo do ambiente e, precisamos receber essa informação, registrar, processar, modular para depois responder de forma adequada. Acontece que antes disso há um processo de facilitação e inibição de estímulos. Ou seja, há um processo orgânico que já seleciona o que receber.

Exemplo prático: um aluno dentro de sala de aula próximo à janela e professor (a). Este aluno precisa facilitar alguns estímulos, tais como: a voz da professora precisa ser direcionada aos ouvidos, a sua visão precisa estar na lousa. E inibir outros, como: que existem carros passando do lado de fora da sala, que seus amigos estão conversando, que ele está com fome, etc. Este é o primeiro passo.

Posteriormente, esses estímulos que chegaram a um dos canais sensoriais por meio de uma seleção natural, precisam ser registrados, processados, modulados e respondidos. Ou seja, ele organizou essa informação no seu Sistema Nervoso Central (SNC) e respondeu. O seu sistema estando organizado você consegue receber essa informação assertivamente e realizar as suas anotações.

Para que possamos aprender, o seu SNC precisa funcionar linearmente. Por algum motivo orgânico, muitas pessoas (principalmente quando se trata de pessoas com deficiência) trabalham abaixo ou acima dessa linha. E para estas oscilações existem dicas que funcionam para manter a produtividade enquanto esta pandemia. As estratégias são usadas para manter o nosso nível de alerta ativo.

Porque o sensorial é importante nas aulas online na pandemia?

Há dicas sensórias que auxiliam no processo das aulas online na pandemia.  O sistema educacional da Finlândia é um dos melhores do mundo. Há vários estudos que apontam a calmaria em evidência, além dos excelentes resultados. No país o sensorial dos alunos é levado a sério, é uma ferramenta de aprendizagem.

É extremamente importante que dois sistemas sensoriais do nosso corpo sejam trabalhados/estimulados: sistema proprioceptivo e sistema vestibular.

Resumidamente, o sistema proprioceptivo é ativado através de articulações, músculos e tendões a partir de pressão corporal profunda e vibração. Ele é o responsável pela nossa imagem corporal interna, assim como nosso nível de alerta, tônus muscular, aumentar a concentração.

Já o sistema vestibular fica dentro do ouvido interno e é ativado através de movimentação. Responsável pela atenção, organização da cabeça no espaço e equilíbrio.

Portanto, eles farão com que aja uma regulação a nível cerebral, aumentando desempenho nas aulas online na pandemia.

Dicas sensoriais de como melhorar o desempenho escolar

• Troque a sua cadeira, cama, poltrona por bola suíça (aquelas usadas em espaços de Pilates). Isso fará com que o aluno estimule sistema vestibular e proprioceptivo ao dar pequenos pulos na bola. A bola sendo uma superfície instável, você precisará “travar” o seu corpo o tempo todo, trabalhando com esses sistemas.
• Analise qual é o seu perfil de estudos. Há pessoas que conseguem ficar de fato conectadas em uma linha constante de aprendizado por vinte minutos, outras 40, outras horas. Encontre esse seu perfil e faça intervalos. Levante, dê pequenos saltos, se alongue, faça movimentos onde você mexa a sua cabeça e pare repentinamente, chacoalhe os braços e pernas.
• Caso você opte durante a pandemia pela mesa e cadeira de estudos, então fique atento. Não basta você ter essa mesa e cadeira em um ambiente não favorável, ou seja, com pouca luz, abafado e com cores carregadas. Algumas cores favorecem o cérebro a manter o nível de alerta, como é o caso do vermelho. Portanto, mantenha algum objeto dessa cor próximo de você.
• Quando você está sentado há dois macetes que também auxilia no processo. O primeiro é ter ao invés de um chinelo ou tênis no pé ter um tapete com textura diferente, de preferência mais grosseira. E a outra é sentar sob algo que te deixa instável, seguindo mesmo conceito da bola. Um exemplo é a almofada proprioceptiva.

Dicas parte 2

• Sentiu que está perdendo atenção opte por um alimento que faça as mandíbulas trabalharem. Tais como: pela maça, chiclete, amendoim, granola, cenoura.
• Havendo um intervalo maior tome banho com água gelada (melhor se for ducha). Literalmente acordará o seu corpo para o próximo tempo.
• Aperte o seu próprio corpo durante as aulas, dando também pequenos tapas (mais no sentido de ocasionar uma vibração).
• Uma dica pouco sensorial, mas não menos importante é não ficar próximo da cama ao estudar e muito menos estudar nela. O cérebro registra a cama como um lugar de conforto e relaxamento. É importante que você dê outro significado para esse lugar de relaxamento caso opte por estudar nele, mas novamente, não é um lugar adequado.

Vale ressaltar que cada ser humano é único e traz características sensoriais diferentes. Portanto, você deve analisar quais os recursos lhe ajudam ao invés de perder a atenção na pandemia.

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