Medicamentos para autismo: Quando e qual usar?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta milhares de crianças no mundo todo. Medicamentos para autismo são frequentemente necessários para potencializar o tratamento e melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
Portanto, não deixe de conferir o artigo abaixo, onde vamos falar dos tipos de medicamentos para autismo mais usados e a importância de cada um deles.
Informações importantes no TEA
Muitas pessoas acabam vendo o autismo como crianças não verbais, agressivas e sem potencial para explorar um mundo. Entretanto, não é bem assim que o autismo se manifesta. De acordo com o DSM (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) 5, o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, com as características marcantes de: dificuldade na interação social e comunicação, bem como comportamentos restritivos e repetitivos.
Com isso, o TEA é classificado através de níveis de suporte: nível 1, 2 ou 3, sendo eles:
- Nível 1 – Pouca necessidade de apoio.
- Nível 2 – Moderada necessidade de apoio.
- Nível 3 – Significativa necessidade de apoio.
A partir desses 3 níveis, é possível compreender melhor as necessidades individuais do paciente com TEA e adaptar os tratamentos de acordo. Vale ressaltar que o autismo traz inflexibilidade no comportamento, o que pode aumentar as suas dificuldades e demandas no dia a dia.
Outro ponto importante é que o indivíduo com TEA pode transitar nos níveis de suporte ao longo de sua vida.
Quando o medicamento é indicado no TEA?
Alguns profissionais e familiares podem preferir abordagens mais naturais, evitando medicamentos com fortes componentes químicos, buscando resultados satisfatórios. Por outro lado, há casos em que apenas o medicamento consegue fazer com que o comportamento seja flexibilizado e o tratamento seja mais aceito. No entanto, os medicamentos não afetam apenas o comportamento. As principais causas de indicação do uso dos medicamentos são para:
- Controle de comportamentos inadequados como a agressão, impulsividade, autolesivo, interferindo em seu funcionamento diário e principalmente social.
- Estabilização de humor. Neste caso, se o indivíduo com TEA tem alterações de humor como episódios de agitação e/ou irritabilidade excessiva pode ser um indicativo para o uso do remédio.
- Gerenciamento de sintomas de saúde mental como ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo conhecido como TOC que causem sofrimento à ele.
- Controle da desatenção e hiperatividade. Estima-se que até 80% dos casos de TEA tenham o TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade).
Quais os medicamentos para autismo mais usados no tratamento?
Alguns dos medicamentos para autismo mais usados para o autismo incluem o uso de antipsicóticos atípicos como a risperidona e o aripiprazol (usado para controlar comportamentos agressivos, irritabilidade, agitação e explosões emocionais); estabilizadores de humor como o depakote (controlar mudanças de humor e agressão); antidepressivos como a famosa fluoxetina (inibidores seletivos de recaptação de serotonina, para ajudar a tratar sintomas de ansiedade e depressão que podem coexistir com o TEA); estimulantes como o ritalina para os indivíduos que também apresentam o TDAH.
O canabidiol (CDB) tem sido explorado como uma possível opção de tratamento complementar para algumas das condições associadas ao TEA. Embora as pesquisas ainda estejam sendo realizadas sobre o uso de CBD em indivíduos com TEA ainda esteja em estágios iniciais, alguns estudos e relatos anedóticos sugerem que o CBD pode ajudar a mitigar certos sintomas comuns do TEA, como ansiedade, agressão, hiperatividade e distúrbios do sono.
É muito importante realizar o monitoramento cuidadoso dos efeitos colaterais e da resposta ao tratamento, enfatizando a necessidade de uma supervisão médica durante o uso.
Todo e qualquer medicamento deve ter sido prescrito pelo médico responsável.
E por fim, vale lembrar que o tratamento não é baseado somente em medicamentos para autismo. Muito pelo contrário, no TEA é indispensável que seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar contando com terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, pediatra, neurologista e quando necessário psicomotricista, psicopedagogo, assistente terapêutico.
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