Aprendizagem cognitiva: O que é, como ocorre, quando procurar ajuda

A aprendizagem cognitiva depende de processos cerebrais de pensar e compreender.

A aprendizagem cognitiva depende de processos cerebrais de pensar e compreender. Leia abaixo e veja os detalhes de aprendizagem cognitiva: o que é, como ocorre, quando procurar ajuda.

O que é Aprendizagem cognitiva?

A aprendizagem cognitiva é a habilidade de processar informações em qualquer que seja a situação e depende de processos cerebrais. Estes, por sua vez, passarão por áreas relacionadas à memória, linguagem, pensamento, raciocínio. Esses processos iniciam-se na infância e é o que chamamos de aprendizagem.


Para que o processamento das informações ocorra de forma integra o cérebro funciona em diferentes áreas e simultaneamente, pois cada uma traz uma função especifica.

Como ocorre a aprendizagem cognitiva?

A criança aprende brincando. (Imagem de divulgação)

Quando surge o processo da capacidade de pensar e compreender o individuo tem uma aprendizagem cognitiva. Para que isso ocorra ele precisa perceber os estímulos que chegam do ambiente por uma das vias sensórias do corpo, integrar, compreender (ou modular) e responder ao ambiente. Os sistemas mais conhecidos do corpo são: tátil, olfativo, gustativo, visão e auditivo e os menos conhecidos: propriocepção e vestibular.

Quando todas estas etapas ocorrem de forma eficaz ele está apto a aprender, ou seja, fazer ligações neuronais.


Esta aprendizagem ocorre em conjunto com outras como a coordenação e planejamento (áreas funcionais do cérebro), entre elas ler e escrever. O Sistema Nervoso Central de qualquer individuo precisa funcionar adequadamente para assim ganhar cognição, sendo extremamente importante nas situações sociais.


A habilidade motora do individuo, ou seja, rastejar e engatinhar (enquanto bebê) e andar posteriormente ajudarão na exploração do ambiente.

Aprendizagem cognitiva x exploração do ambiente

Ofereça objetos para exploração da criança. (Imagem de divulgação)

A cognição não depende apenas do ato receber estes estímulos estando indiferente ao ambiente. Ocorre que, para que os indivíduos tenham contato com os estímulos eles precisam explorar o ambiente o qual estão inseridos. E se isso de alguma forma não ocorre, como é o caso das deficiências, a aprendizagem não ocorrerá de forma eficaz.


Portanto, uma criança que nasce com condição especial precisa ser colocada em contato com esse meio, sendo estimulada por um profissional qualificado em soma da família.

Exemplos básicos são: um cadeirante ser carregado em brincadeiras com movimentos diferentes do horizontal que está acostumado; ou um deficiente visual ter sensações com cheiros e sons em meio à natureza; um autista ficar em silêncio absoluto (para os casos que se desorganizam com barulho), entre outros. Isso é relevante ao desenvolvimento do individuo, e tem como resultado uma cena marcante na vida do individuo.

Quando procurar ajuda?

Deve se, portanto, procurar ajuda quando ao longo da vida, enfatizando o primeiro ano de vida, perceber uma dificuldade em descobrir estes meios, incluindo déficits na fala, não engatinhar, não acompanhar objetos com o olhar.


É de extrema valia a procura de profissional competente para avaliar o quanto ele precisará de ajuda. Estes casos são comuns em crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), Paralisia Cerebral, ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), Síndrome de Down, Encefalopatias, Atraso no Desenvolvimento neuropsicomotor, distúrbios sensoriais (uma criança hiperresponsiva ou hiporesponsiva), apraxia da fala.


Procure por um pediatra e este por sua vez, encaminhará quando necessário para o neuropediatra, o terapeuta ocupacional, o fisioterapeuta, o fonoaudiólogo, entre outros.

Quando estimular a aprendizagem cognitiva?

É na primeira infância que a aprendizagem cognitiva ocorre de forma veloz. A neuroplasticidade é enorme e assim, os neurônios conseguem fazer mais ligações de acordo com as experiências (principalmente sensoriais) que a criança tiver.

Quando uma criança tem uma limitação, seja física ou intelectual, essas experiências não ocorrem e, por consequência, não ocorre aprendizado. Portanto, é importante estimular a criança desde o primeiro dia de vida, através de cheiros, sons, toques, ampliando assim o seu repertório de experiências.

Exploração adequada e divertida para aprendizagem cognitiva. (Imagem de divulgação)
Exploração adequada e divertida para aprendizagem cognitiva. (Imagem de divulgação)

Colocar diferentes objetos para que a criança procure no ambiente é uma forma de exploração adequada e divertida. É diferente de andar sem direção, sem perceber onde toca ou por onde passa. Quando, por exemplo, os pais escondem ovos de Páscoa no meio do jardim e permitem que as crianças explorem; elas prestam atenção na grama que estão pisando, nas folhas que estão tocando, no ovo escondido em meio a um papel com textura diferente.

Os pais constantemente erram ao achar que seu filho é apenas preguiçoso ou que ele vai aprender no tempo dele, mas há marcos de desenvolvimento nas crianças típicas (assim chamadas as que não apresentam atraso) e eles precisam ao menos ser considerados. Uma criança com dois anos não falar “papa” ou “mama” ou não ter sinais de linguagem e comunicação é para se preocupar. Afinal, essas palavras são o início de tudo, aparecendo próximo de nove meses.

O pediatra traz as informações sobre os marcos, até mesmo da linha de desenvolvimento física justamente para não permitir um atraso, mesmo que temporário à essa criança.

Susan Scarpelli
Graduada em Terapia Ocupacional, psicomotricista e especialista em neuropediatria. Além disso, possui Certificação Internacional de Integração Sensorial. É idealizadora e fundadora do Criando Infância.
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