Distúrbio de aprendizagem: Aprenda a identificar e como tratar
Quais são os tipos mais comuns de transtornos de aprendizagem?
Muitas crianças com problemas de aprendizagem, tem uma longa caminhada antes de ser diagnosticadas. Isso pode afetar a auto-estima e a motivação da criança. Entender como reconhecer os sinais que podem indicar dificuldades de aprendizagem e o que se pode fazer para ajudar a criança.
Quais são os tipos mais comuns de transtornos de aprendizagem?
Os distúrbios de aprendizagem afetam as habilidades acadêmicas, bem como a leitura e os temas relacionados a matemática. Não é uma deficiência mental ou física e não refletem a inteligência da criança. Em contrapartida, os distúrbios de aprendizagem faz com que a criança tenha dificuldade de completar uma tarefa ou usar certas habilidades, especialmente na escola.
Transtornos comuns de aprendizagem incluem:
Disléxicos
A dislexia é caracterizada pela dificuldade para ler, soletrar e lembrar-se de palavras familiares. Todavia é um distúrbio de aprendizagem também!
Discalculia
Um distúrbio de aprendizagem relacionado a cálculos matemáticos. Os sinais aparecem na dificuldade de resolver problemas de matemática e ou eventos sequenciais. Podem vir acompanhados com problema de noção espacial, dificultando ainda mais a aprendizagem.
Incapacidade não verbal
No entanto, o distúrbio de aprendizagem caracteriza-se por dificuldades com pistas não-verbais, tais como a coordenação e a linguagem corporal.
Disgrafia
É um distúrbio de aprendizagem caracterizado por dificuldades na escrita, a ortografia, o pensamento e a escrita ao mesmo tempo. Algumas crianças podem aparecer mais de um transtorno de aprendizagem. A letra é ilegível, há dificuldade de se encontrar no espaço do caderno e até lateralidade. É um distúrbio bastante comum e confundido com Transtorno de coordenação.
O que causa os problemas de aprendizagem?
Genética
Alguns transtornos de aprendizagem, como os transtornos de leitura e matemática, são hereditários. É comum o número de crianças com distúrbio de aprendizagem ser alto em cidades pequenas, onde há maior número de familiares que se relacionam entre si, causando geneticamente o problema.
Doença
As restrições ao crescimento intra-uterino baixo, a exposição ao álcool ou medicamentos antes do nascimento e o baixo peso ao nascer são fatores de risco associados com transtornos de aprendizagem. As lesões na cabeça, também podem desenvolver de transtornos de aprendizagem.
Exploração do ambiente
Nas teorias de desenvolvimento há o fator de exploração do ambiente. Ou seja, a criança que não explora corretamente não aprende. É importante dar oportunidade de exploração desde pequenos para que não cause déficits nesta área. A fase o 0 a 1 ano é a mais importante.
Por muitas vezes, crianças que nasceram prematuros ou apresentaram alguma dificuldade pós nascimento (oxigenação baixa, intolerância a lactose, cólicas recorrentes são excluídas de explorar o ambiente, o que leva a falta de contato com o meio e déficits maiores na aprendizagem.
Exposição ao meio ambiente
A exposição a níveis elevados de chumbo foi associada com um maior risco de dificuldades de aprendizagem.
Uso excessivo da tecnologia
O uso da tecnologia inicia-se dentro da barriga e se faz continuo. Acontece que, no uso exagerado da tecnologia a criança passa a ter um conceito de objetos e figuras apenas em um modo horizontal e dimensional. Não explora, por exemplo, um quadrado tridimensionalmente, em todas as suas faces. A exploração fica pobre, pois se faz apenas na frente de telas.
Quais são os sinais?
No início, identificar um distúrbio de aprendizagem pode ser difícil. A criança pode ter problemas quando apresentar:
- Dificuldade para entender e seguir as instruções;
- Falta de coordenação global no caminhar, com esportes ou habilidades;
- Criança desorganizada nas suas atividades de vida diária, pisando em poças, batendo no batente da porta, sendo “desengonçada”;
- Perde ou substituir facilmente os deveres, os livros escolares entre outros;
- Dificuldade para compreender o conceito de tempo e espaço;
- Recusa-se a fazer tarefas domésticas ou em tarefas de leitura, escrita ou matemática, ou não pode realizar tarefas domésticas sem ajuda significativa;
- Apresenta hostilidade e emotivas na escola quando passa por desafios, bem como com trabalhos de casa ou leitura;
- Apresenta dificuldade nas atividades de vida diária simples como se alimentar sozinho, tomar banho, controlar os esfincteres, se higienizar.
Ajuda certa
Ajudar essa criança precocemente é de suma importância, pois os transtornos de aprendizagem podem piorar a situação do aluno na escola. Para exemplificar, uma criança que não vai bem na escola primária não pode lidar com a álgebra no futuro acadêmico. Crianças com dificuldades de aprendizagem podem ter também ansiedade, depressão e baixa auto-estima, contudo a perda de motivação.
Algumas crianças também buscar por uma tentativa de distrair a atenção do problema real. Se acaso seja professor de seu filho pensam que seu filho pode ter um transtorno de aprendizagem, considere fazer uma avaliação médica com um neuropediatra e demais profissionais.
Avaliação fundamental
Em resumo, é provável que a criança se submeter a testes visuais ou auditivos, entre outros exames conduzidos por especialistas. Todavia, a partir disso, é testado a aprendizagem com provas e avaliação, bem como conferir o currículo escolar de seu filho, a fim de identificar qualquer problema de distúrbio de aprendizagem.
Para muitos casos, a avaliação adicional é primordial, ou seja, deve ser feita para um diagnóstico assertivo.
O neuropediatra encaminhará o seu filho para uma série de profissionais que estão aptos a lhe dar uma resposta: Neuropsicólogo para avaliar inteligência e QI; fonoaudiólogo para dificuldades escolares a nível de processamento e dificuldades escolares em disgrafia, discalculia, entre outros; psicologo para emocional e habilidades não desenvolvidas emocionalmente; terapeuta ocupacional para avaliação das habilidades não desenvolvidas que interferem em seu desenvolvimento em todos os contextos; psicopedagogo para avaliação das habilidades escolares.
Contudo, há crianças que são naturalmente mais lentos e podem precisar de tempo para desenvolver habilidades de leitura, escrita e matemática. Outros, porém, têm distúrbios que afetam a sua capacidade de aprender.
Opções de tratamento
Se acaso o seu filho tem um distúrbio de aprendizagem, o médico ou a escola da criança, podem aconselhá-lo de maneira a conseguir um melhor tratamento.
Um especialista em leitura, com o intuito de ajudar esse aluno a desenvolver-se melhor. Um professor de matemática ou de outro profissional capacitado, visto que assim pode ensinar as técnicas de seu filho, para melhorar suas habilidades acadêmicas. Os tutores também podem ensinar às crianças habilidades de organização e de estudo.
O fonoaudiólogo poderá ajudar em toda a percepção de linguagem e comunicação, assim como processamento auditivo. Poderá solicitar exames para avaliar falhas no processamento auditivo.
O Terapeuta Ocupacional além de uma avaliação holística do ser humano, ele ainda conseguirá identificar atrasos motores, déficits sensoriais que acarretam em falha na resposta ao ambiente (falhas no processamento sensorial e modulação), função nas atividades de vida diária, falhas em noção espacial e temporal por via sensorial, planejamento motor, entre outros.
Além disso, se avaliado e necessário o seu filho poderá passar por todos os profissionais citados acima para desenvolvimento apropriado.
Programa de educação individual
A escola de seu filho pode desenvolver um PEI (Plano Escolar Individualizado) para que seu filho crie um plano para saber como você pode aprender melhor na escola. Além de, que se constatado dificuldade no aprendizado tem direito ao AEE (Atendimento Educacional Especializado), aumentando o estímulo para seu filho em escolas públicas.
Terapia
Dependendo do distúrbio de aprendizagem, algumas crianças podem se beneficiar da terapia. Por exemplo, a Fotobiologia pode ajudar as crianças com problemas de linguagem. Similarmente, a terapia ocupacional pode ajudar a melhorar as habilidades motoras, cognitivas, sociais e emocionais com auxilio de outras terapias.
Medicamentos favoráveis
O médico da criança pode recomendar medicamentos para reduzir o transtorno de aprendizagem. Portanto, se o seu filho sofre de depressão ou ansiedade grave, alguns medicamentos podem ajudar. Fale com o médico de seu filho sobre os riscos e benefícios. Em alguns casos é necessário a intervenção medicamentosa para concentração e atenção, diminuindo a agitação. Mas, a medicação deve ser inserida se não houver outra maneira dele aprender e se já estimulado nas terapias e sem resultado.
Antes de que o tratamento da criança comece, você e o médico, os professores e os terapeutas da criança fixam metas para a sua criança. Se há pouco progresso com o tempo, é possível que precise repensar o diagnóstico ou plano de tratamento da criança.
É certo que os distúrbios de aprendizagem podem causar problemas a longo prazo se não tratados, porém há esperança. A intervenção precoce e o tratamento podem remediar por completo alguns distúrbios da aprendizagem. As famílias e os professores podem também ajudar as crianças com dificuldades persistentes a ter sucesso na escola, assim como em outras áreas da vida.